Para os aquariofilistas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce. O gênero Pterophylum foi descrito por Heckel em 1840. Seu gênero Pterophylum é dividido em quatro espécies conhecidas: P. scalare (o bandeira popular),P. altum ( originário da bacia amazônica colombiana, possui o corpo mais achatado e alto, é exportado pela cidade de Bogotá para os Estados Unidos, Europa e Japão), e P. dumerilli e P. leopoldi, que são os mais desconhecidos pelo aquarismo mundial.
O acará-bandeira popular, Pterophylum scalare, que será discutido neste artigo, é junto com o “kinguio”, “lebiste ou guppy”, e o “betta”, um dos peixes mais comercializados no mundo inteiro. Originário da bacia amazônica, ele é hoje criado em larga escala praticamente no mundo inteiro, desde Estados Unidos, passando pela Europa, Ásia, África, Oceania e aqui no Brasil. Ele é cada vez menos, retirado do estado selvagem, pois, o custo de captura e transporte, comparado ao do acará-bandeira reproduzido em cativeiro, faz dele cada vez menos atrativo aos importadores. O formato triangular torna o bandeira, um dos peixes mais exóticos.
Variedades
Trabalhos com seleção de espécies mutantes de coloração diferente, contribuiu para a fixação de novos “tipos de bandeira”, tão diferentes do espécie selvagem que é prateado com barras negras verticais em seu corpo. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades no comércio, que vai desde um bandeira negro véu até um rarissimo bandeira siamês albino escama de pérola. Ele é um peixe que pode ser considerado resistente, não é muito exigente a qualidade da água e pode ser normalmente aconselhado ao iniciante do aquarismo. Sua reprodução pode ser conseguida facilmente por qualquer pessoa amadora. Basta seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH, ajustados a preferência do bandeira.
Cuidados Básicos
Aquário
O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. Alguns exemplares podem atingir da ponta da nadadeira dorsal até o fim da nadadeira anal mais ou menos 30 cm de altura e não é exagero. O baixo nível de conhecimento e cuidados torna raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos. Sua longevidade pode ser comparada a do acará-disco e exemplares que foram bem tratados desde pequenos podem chegar fácil a 6 anos de idade. Isto faz com que o bandeira prefira aquários de porte grande para o amadurecimento correto. É preferível não mantê-lo em aquários com menos de 45 litros. Normalmente encontramos nas lojas de aquários, à venda, bandeiras jovens que possuem em base, três a quatro meses de idade. Possuem um crescimento rápido, podendo atingir a fase adulta com oito meses de idade. O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, ao contrário do “lebiste” ou “guppy” que pode ser mantido e reproduzido em águas baixas de 25 cm de altura. Gosta também de aquários bem plantados com folhas compridas e altas onde às vezes, escolhe para a postura dos ovos. Apesar de observarmos de vez em quando algumas brigas entre bandeiras, isto não chega a preocupar, pois é um comportamento normal da sua família Ciclidae, e estas normalmente acontecem por disputa de machos por alguma fêmea. Ou simplesmente uma disputa territorial. Estas brigas não chegam a machucar nenhum dos indivíduos. É preciso prestar atenção nestas brigas, pois, isto pode significar o empenho de algum casal que se formou em seu aquário, e está defendendo uma pequena área para acasalamento e desova, fato corriqueiro em aquários comunitários com vários bandeiras adultos.
Temperatura
Originário da região norte do Brasil, ele prefere temperatura alta em torno de 28 graus celcius. Porém é um peixe bastante resistente a temperaturas mais baixas, podendo conviver normalmente num aquário comunitário com temperatura de 25 graus. No caso da sua reprodução, o certo é mantê-la alta afim de estimular a desova e garantir uma boa eclosão e desenvolvimento dos filhotes. Uma temperatura alta promove um ciclo de desova curto e uma temperatura de 27 graus faz uma fêmea bem alimentada desovar a cada 8-15 dias.
Água
O bandeira é muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole com dureza baixa, por isso aconselhamos freqüente trocas parciais de água afim de se manter o nível de dureza baixo. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
pH
No caso do pH é aconselhável que seja ligeiramente ácido na faixa de 6.5 por suas preferências nativas, sendo possível mantê-lo também em água de pH neutro e ligeiramente alcalino. Uma “boa água” deve ter principalmente uma boa biologia, ser cristalina e livre de amônia, pois o bandeira como a maioria dos peixes é sensível a este elemento tóxico. Por isso é necessário um bom sistema de filtragem e manutenção da boa higiene do aquário.
Dimorfismo Sexual
O acará-bandeira possui certas diferenças entre machos e fêmeas, contrariando certas publicações antigas que o apontavam sem dimorfismo sexual. Contudo é necessário uma certa experiência e a distinção dos sexos só pode ser precisa em exemplares juvenis e adultos. Há algumas regras básicas para assegurar uma boa distinção e definição entre machos e fêmeas: * analisar somente indivíduos de até 1 ½ para 2 anos de idade, pois alguns machos velhos superalimentados podem parecer ter óvulos e fêmeas velhas que já não produzem mais óvulos podem parecer machos provocando certa dúvida. * fazer a análise sem ter alimentado-os por pelos menos quatro horas. * peixes que estejam em boa saúde e bem alimentados, pois assim a fêmea se mostrará cheia de óvulos. Normalmente os machos adultos se mostram bem maiores que as fêmeas da mesma idade, possuem às vezes a formação de um pequeno galo na testa, e são mais coloridos em algumas variedades. As fêmeas são normalmente mais gordas por causa dos óvulos, possuem o ovopositor( tubulo por onde sai os óvulos) mais proeminete, mais grosso e comprido. O macho possui orificio mais fino e bicudo. Mesmo com essas dicas, não estamos livres de algum erro de identificação, já que o acará-bandeira não possui grandes diferenças sexuais como por exemplo, o lebiste na qual os machos possuem gonopódio e as fêmeas não. Para se ter a certeza basta conferir o acasalamento de dois exemplares: observar quem está colocando os óvulos e quem está aparentemente fertilizando. Neste ponto já é identificado uma fêmea e a confirmação do outro exemplar de ser um macho está no nascimento dos alevinos que ocorre em seguida.
Alimentação
O Acará-bandeira, por ser omnívoro aceita qualquer tipo de alimento, seja ele seco ou vivo. Ele pode ser condicionado a um determinado tipo de alimento , porém o mais indicado é que haja uma boa variabilidade em sua dieta. Ele aceita de tudo: alimento industrializado em flocos, alimentos congelados como artemia, bloodworms, e patê de coração de boi com espinafre, cenoura e vitaminas, tubifex desidratado, alimentos vivos como artemias, tubifex, daphineas, larva de mosquito, bloodworms, e outros. Uma boa dieta com uma alimentação em flocos pela manhã e outra a base de alimento vivo ao entardecer é o suficiente para uma boa manutenção de seus bandeiras adultos. Para os bandeiras jovens de três a quatro meses é aconselhável mais que duas porções de alimento por dia. Eles estão numa fase de crescimento e necessitam de grandes quantidade de proteínas, fibras e vitaminas para atingir um bom tamanho de corpo, nadadeiras firmes e boa coloração. A alimentação dos filhotes recém-nascido será abordado mais adiante no item reprodução. A porção de alimento deve ser dada para que seus peixes a comam em no mínimo 10 minutos. O excesso de alimento deve ser sifonado após duas horas, para que não apodreça e polua a água do seu aquário. É melhor sempre alimentar seus peixes com pequenas porções várias vezes por dia, do que grandes porções uma ou duas vezes por dia. Hoje em dia 2003, temos a disposição uma variedade de alimentação industrializada que supera qualquer alimento vivo disponível. Elas podem variar de acordo com o tipo sendo a base de crustáceos, vegetais, com alto ou baixo teor de proteína, com omega 3, e assim por diante. Hoje posso com certeza recomendar que os nossos peixes sejam alimentado somente com ração, como fazemos com os nossos cães e gatos orientados pelos nossos veterinários.
Reprodução
O acará bandeira é um dos peixes ovíparos de água doce de mais fácil reprodução em aquário. Necessitam de algumas condições básicas para o sucesso.
As Matrizes
um bom aquário, matrizes bem alimentadas, boa temperatura e qualidade de água. Para iniciar a reprodução é preciso conseguir um bom casal. Algumas lojas de aquário vendem casais formados, e este pode ser um bom começo. Outra forma boa também é o de selecionar uma dúzia de pequenos bandeirinhas, que num período de 6 meses, e bons cuidados possuem grande possibilidade de formar um belíssimo casal. Os bandeiras podem ser adquiridos numa boa loja de sua confiança. Os bandeirinhas a serem escolhidos devem estar bem abertos, e nunca com as nadadeiras fechadas que indicam a presença de oodinium, praga muito comum, perigosa e contagiosa. Devem sempre apresentar bom apetite e boa coloração.
O Aquário
Para favorecer a formação do casal o aquário deve ser o maior possível. Para doze bandeiras um aquário de 200 litros é o suficiente. Ele deve possuir uma boa filtragem externa da água, iluminação, temperatura 28-29 ºC e pH 6.8 da água, deve possuir pedras, troncos ou plantas de folha larga onde os bandeiras gostam de desovar. Eles normalmente preferem objetos verticais como tubos e até a parede do vidro do aquário. Após vários anos de experiência com acará-bandeiras, conclui que se um casal está com vontade de acasalar e desovar, este pode ocorrer em qualquer lugar, seja ele na folha larga de uma planta, numa pedra, na parte de um tronco, no tubo do filtro biológico, no vidro do aquário, e até na mangueira de ar.
O Acasalamento
Crescidos, os bandeiras, com 7-8 meses de idade, dependendo da sua alimentação estão aptos a acasalar. Neste momento é possível vermos algumas brigas por território, ou companheiro. Quando um casal se formar, este se empenharão em defender um pequeno canto do aquário para a desova. Neste momento é hora de se tomar uma decisão. Tirar o resto dos peixes, deixando o casal neste aquário, ou transferir o jovem casal para um aquário especialmente montado para eles. Uma vez sozinhos, eles escolherão o local da desova, que normalmente é um objeto vertical, e ficarão se preparando o para o ritual da desova. É possível vê-los limpando um local por uma manhã inteira. Usando a boca eles procuram retirar qualquer sujeira, algas ou microorganismos para fazer a postura. É possível avistar também o ovopositor da fêmea já bem protuberante, em sinal da vontade de desovar. Num dado momento a fêmea começa deslizar a “barriga”, encostando o ovopositor no local escolhido e deixando pequenas fileiras de óvulos. O macho logo desliza com o mesmo movimento fertilizando-os em seguida. Alguns destes movimentos inicias são falsos e a fêmea desliza sem deixar nenhum ovo, mas após algumas repetições as fileiras de ovos começam a aparecer até atingir um total de 200 a 300 ovos, que são fertilizados pelo macho. Casais maiores e mais velhos podem gerar posturas que variam de 800 a 1000 ovos de uma só vez. Este ritual pode levar até 2 horas. Terminando, eles começam a abanar os ovos com as nadadeiras peitorais, oxigenando-os e retirando alguns ovos que fungam. Tornando-se brancos aqueles que não tenham sido fecundado. Eles ficam protegendo e limpando os ovos até se dar a eclosão, tempo que pode demorar até 48 horas dependendo da temperatura da água. Alguns casais novos e inexperientes podem devorar seus ovos no final do dia, ou ao se apagar a luz para o dia seguinte, por temerem algum perigo. Isto pode ocorrer até a terceira desova, o que é normal.
O Nascimento
No final de 48 horas é possível ver os pequenos ovos embrionados, e apartir desta hora eles começam e eclodir. Uma pequena cauda rompe a membrana e logo forma-se um emaranhado de “rabinhos” grudados e tremendo como que se quisessem nadar. O zelo dos pais pelos alevinos continua até mais ou menos o 7º dia, quando eles começam a ensaiar as pequenas “aventuras” pelo aquário. Os pais tratam logo de manter a prole unida num “bolo” de alevinos em algum canto do aquário, protegendo às vezes com certa agressividade. Os pais catam com a boca os pequenos alevinos que se separam do grupo e procuram mantê-los unidos. A pequena nuvem de alevinos rodeados pelo casal formam no aquário uma cena fantástica, premiando o aquarista com uma satisfação enorme, resultado de tanto cuidado, paciência e dedicação. A maioria dos criadores profissionais separam os ovos logo que os machos terminam de fertilizar e fazem a eclosão artificialmente. No caso do aquarista recomendo deixar que os pais cuidem dos filhotes. Isto porque acho o passeio dos filhotes com os pais um dos espetaculos mais lindos do aquarismo e porque caso você não seja um criador profissional e não tenha espaço para tantos peixes, caso os ovos sejam retirados o casal poderá logo se preparar para outra postura.
Alimento dos Alevinos
Nesta hora é preciso começar a alimentar os pequeninos alevinos. Eles podem ser alimentados com microvermes, ração líquida para ovíparos, gema de ovo em pó, mas o mais indicado que tem melhores resultado é os náuplios recém-nascidos de artêmia salina. Os cisto(ovos) de artêmia são encontrados nas principais lojas de aquário, são então colocados em água salgada com aeração para sua eclosão e após esta, coados numa peneira e colocados para o alevinos. A primeira vista, pode parecer uma fonte alimentar um pouco complicada para o aquarista, porém com uma pequena orientação do lojista, ela se torna simples e mais adequada à prole de ovíparos. Os náuplios de artemia salina são usados pela maioria dos grandes criadores do mundo inteiro, pois promovem um crescimento espetacular aos filhotes, fazendo-os dobrar de tamanho a cada semana. Nas primeiras semanas é preciso alimentá-los no mínimo três vezes ao dia, sem no entanto deixar sobrar comida no aquário. Isto pode ser perigoso, pois o excesso de alimento pode apodrecer a água e elevar a taxa de amônia, causando a morte dos pequenos filhotes. O alimento deve ser dado aos poucos e com uma lupa pode se observar a pequena barriga redonda com uma cor alaranjada, dada pela ingestão das artêmia. O excesso de alimento deve ser sifonado ao fim de 30 minutos com uma pequena mangueira de ar.
A Separação
Os pequenos filhotes crescem rapidamente e se forem bem alimentados, ao final de 30 dias já se parecem com os pais com mais ou menos 1,5 cm de diâmetro de corpo. Formam um belo cardume de “estrelinhas”, e podem ser transferidos com segurança para um outro aquário, deixando os pais novamente livres para uma nova desova. A mudança dos filhotes para um outro aquário deve ser feita com um certo cuidado: transfira pelo menos 50% da água do aquário do casal na qual eles estavam, para o novo aquário, para diminuir o choque da mudança e para auxiliar na formação da biologia deste aquário. Os outros 50% devem ser completados com uma água sem cloro, um pH neutro e de preferência com a mesma temperatura. Apartir daí, devem ser feitas trocas parciais semanalmente afim de manter o bom crescimento dos filhotes e manter a boa higiene do aquário. No fim do primeiro mês, com os filhotes já maiores, podemos iniciar a introduzir outros tipos de alimentação a base de flocos industrializados de alta qualidade. Estes alimentos secos devem possuir no mínimo 40% de proteínas em sua composição para a promoção de um bom crescimento, nesta fase muito importante dos pequenos bandeiras que vai até os 4 meses de idade. Outro fator importante é o número de filhotes por aquário. A super população causa um abaixamento rápido do pH causado pelas excreção dos peixes, portanto uma maior freqüência na troca de água deve ajudar a manter uma água limpa e saudável. Devemos manter a proporção de no mínimo 1 litro de água para cada peixe pequeno. Portanto se a ninhada for grande é preciso que ela seja dividida em vários outros aquários para não superlotarmos o mesmo, causando um atraso no crescimento dos filhotes e o aparecimento de alguma doença provocado pela baixa qualidade da água. A reprodução dos bandeiras é incrível mas só deve ser tentada por aquaristas que possuam mais espaço e disponibilidade de aquários grandes, pois do contrário, poderá ocorrer uma super população e como conseqüência uma grande quantidade de bandeirinhas com nadadeiras atrofiadas e corpo encruado.
Tipos
Hoje em dia podemos contar inúmeras variedades de bandeiras originados do bandeira selvagem. Este acará-bandeira selvagem possui corpo prateado e quatro barras verticais negras ao longo do corpo, uma que passa pelo olho, duas no meio do corpo e outra sobre o pedúnculo caudal. É um exemplar muito lindo e popular nas lojas e é chamado de bandeira comum pelos aquaristas. Apartir deste tipo originou-se por seleção e cruzamento estas variedade chamadas de artificias relacionadas abaixo:
Bandeira Marmorato
Corpo marmorizado de preto e branco.
bandeira Zebra
Possui uma barra negra a mais que o bandeira comum.
Bandeira Negro
Corpo e nadadeiras inteiramente negro.
Bandeira Ouro
Corpo amarelo dourado.
Bandeira Siamês
Corpo acizentado, nadadeiras dorsal e anal pretas, e região do opérculo avermelhada.
Bandeira Palhaço
Corpo dourado com manchas arredondadas pretas pelo corpo.
Bandeira Fantasma
Corpo branco com ou sem região do opérculo avermelhada.
Bandeira Fumaça ou Bicolor
Metade do corpo prateado e a metade posterior num tom amarronzado.
Bandeira Leopardo
Corpo prateado coberto de pequeninos pontos preto formando uma malha tigrada.
Bandeira Chocolate
Corpo com 90% de tom marrom.
Bandeira Palhaço Siamês
Corpo branco com manchas arredondadas pretas e opérculo avermelhado.
Bandeira Koi
Corpo do palhaço siamês com grande região na testa de cor amarela.
Bandeira Testa Amarela
Corpo inteiro branco com cabeça amarelada.
Bandeira Albino
Corpo amarelo ou branco com olho vermelho.
OBS:
É preciso notar que variedades fixas de bandeira não passam de 8, são cores de mutações que ocorreram durante as décadas nas reproduções com o acará bandeira e foram fixadas como uma linhagem. As outras variedades são os resultados de hibridações entre estas variedades.
Produção em Larga Escala
O bandeira por ser um peixe ornamental muito popular e prolífero induz muitas pessoas a reproduzi-lo em larga escala visando algum retorno financeiro. Mas normalmente estas pessoas o fazem ou tentam fazê-lo com base nos cálculos dos preços de varejo imaginando um certo retorno financeiro normalmente falso. Alguns item devem ser de conhecimento do criador que pensa em iniciar esta atividade. *O bandeira é um peixe relativamente fácil de reprodução, mas o aquarista deve dominar totalmente alguns aspectos como pH, dureza, temperatura, ciclo biológico, amônia, genética, incubação artificial e o mais importante, de doenças e tratamento. Eu como aquarista já presenciei enormes produções falindo pelo seguinte fato: um criador pode ser eficiente na produção de poucos peixes, mas enfrenta grandes dificuldades quando a produção atinge altas escalas, rendendo em prejuízos catastróficos. Portanto é preciso anteriormente calcular o quanto se quer produzir, pois o bandeira é um peixe que necessita de muito espaço para crescer. Para uma pessoa que more no centro da cidade grande, e que necessite de aquários para a produção, estes cálculos são importantes. Nunca pense em criar bandeiras em grandes escalas se você não tem onde colocar no mínimo 100 aquários. Outro fator importante também é o da venda. É preciso pesquisar quais atacadistas estariam dispostos a comprar seus bandeiras e a que preço. Estas são algumas precauções e que não devem ser consideradas como desestímulo, mas sim como aspectos da realidade que pode impedir alguns aquaristas venham a ter frustrações futuras, e que se devidamente superadas faz com que esse hobby continue a ser um dos mais atraente e interessante, pois é um verdadeiro mergulho em um mundo maravilhoso – o do aquarismo.
Fonte: babydog e Info Aquáticos