Quem não se pegou observando um aquário de acará bandeira, observando seu nado como se estivessem pairando na água do aquário?
De fato, para os aquaristas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce do mundo. Pertencem ao gênero Pterophylum, foi descrito por Heckel em 1840. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades de acará bandeira, que vão desde o negro ao albino.
O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. É um peixe resistente e não é muito exigente com a qualidade da água, sendo assim indicado para iniciantes do aquarismo. É um peixe que se reproduz com certa facilidade em aquários, bastando seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH da água do aquário. Devido a falta de conhecimento dos cuidados necessários, torna-se raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos.
Formação de casais
De fato, para os aquaristas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce do mundo. Pertencem ao gênero Pterophylum, foi descrito por Heckel em 1840. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades de acará bandeira, que vão desde o negro ao albino.
O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. É um peixe resistente e não é muito exigente com a qualidade da água, sendo assim indicado para iniciantes do aquarismo. É um peixe que se reproduz com certa facilidade em aquários, bastando seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH da água do aquário. Devido a falta de conhecimento dos cuidados necessários, torna-se raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos.
Formação de casais
Devemos
adquirir jovens de 3 a 5 cm de comprimento, pois estes logo começarão a
formar casais. O dimorfismo desta espécie é um tanto o quanto subjetiva
e pode ser facilmente encontrada na internet, porém estas regras nem
sempre são válidas.
O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, por isso coloque de preferência em um aquário de aproximadamente 100 litros de formato retangular com as seguintes dimensões 70 x 45 x 35 cm (comprimento, altura, profundidade), seis peixes colocados ao acaso, para que eles mesmos identifiquem-se e selecionem seu par. Afinal, você não gostaria de que escolhessem uma esposa para você ou vice-versa.
Os bandeiras saudáveis, atingem a maturidade sexual entre oito a 12 meses. Uma vez formado o casal, que é muito fácil identificar, pois o casal vai estar de um lado do aquário e todos os outros do outro lado, sendo que o casal defende ferozmente o seu local escolhido para desovar. Deve somente transportá-los para o aquário de reprodução já previamente preparado e estabilizado.
Setup do aquário de reprodução
Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.
É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.
Condições para a desova:
Uma vez separado o casal iniciamos o manejo para induzir a reprodução. Forneça ração específica para ciclídeos alternando com ração de espirulina, no entanto, ser cauteloso na superalimentação, o que é evidenciado pela presença constante de restos de comida no aquário, quando isso ocorre, é necessário então sifonar rapidamente as sobras. Como complemento alimentar oferecer duas vezes por semana um alimento vivo, larvas de mosquito, dáfnia, artémia, etc.
A temperatura deve ser mantida entre 26º a 28°C. Faça trocas parciais de água freqüente, a fim de manter-se o nível de amônia e dureza baixos. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
Desova e Fertilização
Com as condições favoráveis você vai começar a ver o casal limpando o
local da desova. O peixe pode escolher ou rejeitar a peça de
ardósia. Os ovos serão depositados na chapa de desova onde a fêmea vai
depositando os óvulos e o macho vai pareado a fertilizar os ovos. Os
ovos, que não forem fertilizados ficarão brancos dentro de 24 horas e os
pais vão comê-los para que não funguem e contaminem os ovos
embrionados.
Cuidados com os ovos e larvas
Caso os pais não se sintam seguros ou estressados, podem alimentar-se dos ovos. Nesse caso, é possível transferir a desova para uma bandeja de incubação retirando a placa de desova rapidamente, pois os ovos podem gorar por falta de água.
É aconselhável encher o tanque com água do aquário de reprodução, acrescentar uma gota de azul de metileno a 2% para cada cinco litros de água e colocar uma aeração de modo que provoque uma circulação de água em torno dos ovos sem provocar muita agitação, pois a turbulência pode ocasionar o entortamento da coluna nas larvas.
Porém, se os pais cuidam normalmente da desova, é indicado deixá-los junto das larvas para que cuidem até que elas comecem a nadar livremente no aquário. Os pais costumam trocar as larvas de lugar, limpando previamente o local como medida de higiene da prole, evitando que as mesmas fiquem fungadas.
Os óvulos fertilizados eclodem após 48 horas e as larvas ficam grudadas na placa como se estivessem colados por um muco, nesse momento poderá vê-las com sacos de vitelíneos grudadas ao local da desova. Após mais 3 dias, eles desenvolvem os olhos, absorvem o saco vitelínico e começam a nadar livremente.
Neste momento você pode sifonar as larvas para uma bacia, tomando o cuidado para que o desnível de sifonamento não seja muito elevado, para evitar entortamento de coluna devido ao turbilhonamento. Mudar a água regularmente e alimentá-los com artémia recém eclodida (nauplio), pelo menos três vezes ao dia, procurando evitar que ele fique de barriga vazia, pois quando a barriga fica vazia a larva não tem reservas e morre. A figura abaixo mostra uma larva de barriga cheia e uma com a barriga quase vazia.
Você deve manter o tanque limpo, removendo as larvas mortas e restos de
comida depois de meia hora após cada fornecimento de náuplio de
artêmia. Sempre mantendo as larvas de barriga cheia, tornando assim os
animais sadios e evitando mortalidades.
A partir do décimo dia devemos começar a fazer a adaptação das larvas com a ração, substituindo a primeira refeição do dia por ração em pó durante uma semana, depois duas refeições por mais uma semana e a partir da terceira semana entrar com o náuplio de artêmia como petisco todos os dias.
Você pode tranferir estes jovens para um aquário com outros peixes, apenas quando o primeiro atingir pelo menos dois meses de idade.
Desejo sucesso na sua tentativa e que se divirta vendo estas maravilhas crescerem.
O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, por isso coloque de preferência em um aquário de aproximadamente 100 litros de formato retangular com as seguintes dimensões 70 x 45 x 35 cm (comprimento, altura, profundidade), seis peixes colocados ao acaso, para que eles mesmos identifiquem-se e selecionem seu par. Afinal, você não gostaria de que escolhessem uma esposa para você ou vice-versa.
Os bandeiras saudáveis, atingem a maturidade sexual entre oito a 12 meses. Uma vez formado o casal, que é muito fácil identificar, pois o casal vai estar de um lado do aquário e todos os outros do outro lado, sendo que o casal defende ferozmente o seu local escolhido para desovar. Deve somente transportá-los para o aquário de reprodução já previamente preparado e estabilizado.
Setup do aquário de reprodução
Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.
É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.
Condições para a desova:
Uma vez separado o casal iniciamos o manejo para induzir a reprodução. Forneça ração específica para ciclídeos alternando com ração de espirulina, no entanto, ser cauteloso na superalimentação, o que é evidenciado pela presença constante de restos de comida no aquário, quando isso ocorre, é necessário então sifonar rapidamente as sobras. Como complemento alimentar oferecer duas vezes por semana um alimento vivo, larvas de mosquito, dáfnia, artémia, etc.
A temperatura deve ser mantida entre 26º a 28°C. Faça trocas parciais de água freqüente, a fim de manter-se o nível de amônia e dureza baixos. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
Desova e Fertilização
Cuidados com os ovos e larvas
Caso os pais não se sintam seguros ou estressados, podem alimentar-se dos ovos. Nesse caso, é possível transferir a desova para uma bandeja de incubação retirando a placa de desova rapidamente, pois os ovos podem gorar por falta de água.
É aconselhável encher o tanque com água do aquário de reprodução, acrescentar uma gota de azul de metileno a 2% para cada cinco litros de água e colocar uma aeração de modo que provoque uma circulação de água em torno dos ovos sem provocar muita agitação, pois a turbulência pode ocasionar o entortamento da coluna nas larvas.
Porém, se os pais cuidam normalmente da desova, é indicado deixá-los junto das larvas para que cuidem até que elas comecem a nadar livremente no aquário. Os pais costumam trocar as larvas de lugar, limpando previamente o local como medida de higiene da prole, evitando que as mesmas fiquem fungadas.
Os óvulos fertilizados eclodem após 48 horas e as larvas ficam grudadas na placa como se estivessem colados por um muco, nesse momento poderá vê-las com sacos de vitelíneos grudadas ao local da desova. Após mais 3 dias, eles desenvolvem os olhos, absorvem o saco vitelínico e começam a nadar livremente.
Neste momento você pode sifonar as larvas para uma bacia, tomando o cuidado para que o desnível de sifonamento não seja muito elevado, para evitar entortamento de coluna devido ao turbilhonamento. Mudar a água regularmente e alimentá-los com artémia recém eclodida (nauplio), pelo menos três vezes ao dia, procurando evitar que ele fique de barriga vazia, pois quando a barriga fica vazia a larva não tem reservas e morre. A figura abaixo mostra uma larva de barriga cheia e uma com a barriga quase vazia.
A partir do décimo dia devemos começar a fazer a adaptação das larvas com a ração, substituindo a primeira refeição do dia por ração em pó durante uma semana, depois duas refeições por mais uma semana e a partir da terceira semana entrar com o náuplio de artêmia como petisco todos os dias.
Você pode tranferir estes jovens para um aquário com outros peixes, apenas quando o primeiro atingir pelo menos dois meses de idade.
Desejo sucesso na sua tentativa e que se divirta vendo estas maravilhas crescerem.
Fonte: Marcelo Assano
Quem não se pegou observando um aquário de acará bandeira, observando seu nado como se estivessem pairando na água do aquário?
De fato, para os aquaristas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce do mundo. Pertencem ao gênero Pterophylum, foi descrito por Heckel em 1840. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades de acará bandeira, que vão desde o negro ao albino.
O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. É um peixe resistente e não é muito exigente com a qualidade da água, sendo assim indicado para iniciantes do aquarismo. É um peixe que se reproduz com certa facilidade em aquários, bastando seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH da água do aquário. Devido a falta de conhecimento dos cuidados necessários, torna-se raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos.
Formação de casais
Devemos
adquirir jovens de 3 a 5 cm de comprimento, pois estes logo começarão a
formar casais. O dimorfismo desta espécie é um tanto o quanto subjetiva
e pode ser facilmente encontrada na internet, porém estas regras nem
sempre são válidas.
O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, por isso coloque de preferência em um aquário de aproximadamente 100 litros de formato retangular com as seguintes dimensões 70 x 45 x 35 cm (comprimento, altura, profundidade), seis peixes colocados ao acaso, para que eles mesmos identifiquem-se e selecionem seu par. Afinal, você não gostaria de que escolhessem uma esposa para você ou vice-versa.
Os bandeiras saudáveis, atingem a maturidade sexual entre oito a 12 meses. Uma vez formado o casal, que é muito fácil identificar, pois o casal vai estar de um lado do aquário e todos os outros do outro lado, sendo que o casal defende ferozmente o seu local escolhido para desovar. Deve somente transportá-los para o aquário de reprodução já previamente preparado e estabilizado.
Setup do aquário de reprodução
Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.
É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.
Condições para a desova:
Uma vez separado o casal iniciamos o manejo para induzir a reprodução. Forneça ração específica para ciclídeos alternando com ração de espirulina, no entanto, ser cauteloso na superalimentação, o que é evidenciado pela presença constante de restos de comida no aquário, quando isso ocorre, é necessário então sifonar rapidamente as sobras. Como complemento alimentar oferecer duas vezes por semana um alimento vivo, larvas de mosquito, dáfnia, artémia, etc.
A temperatura deve ser mantida entre 26º a 28°C. Faça trocas parciais de água freqüente, a fim de manter-se o nível de amônia e dureza baixos. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
Desova e Fertilização
Com as condições favoráveis você vai começar a ver o casal limpando o
local da desova. O peixe pode escolher ou rejeitar a peça de
ardósia. Os ovos serão depositados na chapa de desova onde a fêmea vai
depositando os óvulos e o macho vai pareado a fertilizar os ovos. Os
ovos, que não forem fertilizados ficarão brancos dentro de 24 horas e os
pais vão comê-los para que não funguem e contaminem os ovos
embrionados.
Cuidados com os ovos e larvas
Caso os pais não se sintam seguros ou estressados, podem alimentar-se dos ovos. Nesse caso, é possível transferir a desova para uma bandeja de incubação retirando a placa de desova rapidamente, pois os ovos podem gorar por falta de água.
É aconselhável encher o tanque com água do aquário de reprodução, acrescentar uma gota de azul de metileno a 2% para cada cinco litros de água e colocar uma aeração de modo que provoque uma circulação de água em torno dos ovos sem provocar muita agitação, pois a turbulência pode ocasionar o entortamento da coluna nas larvas.
Porém, se os pais cuidam normalmente da desova, é indicado deixá-los junto das larvas para que cuidem até que elas comecem a nadar livremente no aquário. Os pais costumam trocar as larvas de lugar, limpando previamente o local como medida de higiene da prole, evitando que as mesmas fiquem fungadas.
Os óvulos fertilizados eclodem após 48 horas e as larvas ficam grudadas na placa como se estivessem colados por um muco, nesse momento poderá vê-las com sacos de vitelíneos grudadas ao local da desova. Após mais 3 dias, eles desenvolvem os olhos, absorvem o saco vitelínico e começam a nadar livremente.
Neste momento você pode sifonar as larvas para uma bacia, tomando o cuidado para que o desnível de sifonamento não seja muito elevado, para evitar entortamento de coluna devido ao turbilhonamento. Mudar a água regularmente e alimentá-los com artémia recém eclodida (nauplio), pelo menos três vezes ao dia, procurando evitar que ele fique de barriga vazia, pois quando a barriga fica vazia a larva não tem reservas e morre. A figura abaixo mostra uma larva de barriga cheia e uma com a barriga quase vazia.
Você deve manter o tanque limpo, removendo as larvas mortas e restos de
comida depois de meia hora após cada fornecimento de náuplio de
artêmia. Sempre mantendo as larvas de barriga cheia, tornando assim os
animais sadios e evitando mortalidades.
A partir do décimo dia devemos começar a fazer a adaptação das larvas com a ração, substituindo a primeira refeição do dia por ração em pó durante uma semana, depois duas refeições por mais uma semana e a partir da terceira semana entrar com o náuplio de artêmia como petisco todos os dias.
Você pode tranferir estes jovens para um aquário com outros peixes, apenas quando o primeiro atingir pelo menos dois meses de idade.
Desejo sucesso na sua tentativa e que se divirta vendo estas maravilhas crescerem.
O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, por isso coloque de preferência em um aquário de aproximadamente 100 litros de formato retangular com as seguintes dimensões 70 x 45 x 35 cm (comprimento, altura, profundidade), seis peixes colocados ao acaso, para que eles mesmos identifiquem-se e selecionem seu par. Afinal, você não gostaria de que escolhessem uma esposa para você ou vice-versa.
Os bandeiras saudáveis, atingem a maturidade sexual entre oito a 12 meses. Uma vez formado o casal, que é muito fácil identificar, pois o casal vai estar de um lado do aquário e todos os outros do outro lado, sendo que o casal defende ferozmente o seu local escolhido para desovar. Deve somente transportá-los para o aquário de reprodução já previamente preparado e estabilizado.
Setup do aquário de reprodução
Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.
É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.
Condições para a desova:
Uma vez separado o casal iniciamos o manejo para induzir a reprodução. Forneça ração específica para ciclídeos alternando com ração de espirulina, no entanto, ser cauteloso na superalimentação, o que é evidenciado pela presença constante de restos de comida no aquário, quando isso ocorre, é necessário então sifonar rapidamente as sobras. Como complemento alimentar oferecer duas vezes por semana um alimento vivo, larvas de mosquito, dáfnia, artémia, etc.
A temperatura deve ser mantida entre 26º a 28°C. Faça trocas parciais de água freqüente, a fim de manter-se o nível de amônia e dureza baixos. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
Desova e Fertilização
Cuidados com os ovos e larvas
Caso os pais não se sintam seguros ou estressados, podem alimentar-se dos ovos. Nesse caso, é possível transferir a desova para uma bandeja de incubação retirando a placa de desova rapidamente, pois os ovos podem gorar por falta de água.
É aconselhável encher o tanque com água do aquário de reprodução, acrescentar uma gota de azul de metileno a 2% para cada cinco litros de água e colocar uma aeração de modo que provoque uma circulação de água em torno dos ovos sem provocar muita agitação, pois a turbulência pode ocasionar o entortamento da coluna nas larvas.
Porém, se os pais cuidam normalmente da desova, é indicado deixá-los junto das larvas para que cuidem até que elas comecem a nadar livremente no aquário. Os pais costumam trocar as larvas de lugar, limpando previamente o local como medida de higiene da prole, evitando que as mesmas fiquem fungadas.
Os óvulos fertilizados eclodem após 48 horas e as larvas ficam grudadas na placa como se estivessem colados por um muco, nesse momento poderá vê-las com sacos de vitelíneos grudadas ao local da desova. Após mais 3 dias, eles desenvolvem os olhos, absorvem o saco vitelínico e começam a nadar livremente.
Neste momento você pode sifonar as larvas para uma bacia, tomando o cuidado para que o desnível de sifonamento não seja muito elevado, para evitar entortamento de coluna devido ao turbilhonamento. Mudar a água regularmente e alimentá-los com artémia recém eclodida (nauplio), pelo menos três vezes ao dia, procurando evitar que ele fique de barriga vazia, pois quando a barriga fica vazia a larva não tem reservas e morre. A figura abaixo mostra uma larva de barriga cheia e uma com a barriga quase vazia.
A partir do décimo dia devemos começar a fazer a adaptação das larvas com a ração, substituindo a primeira refeição do dia por ração em pó durante uma semana, depois duas refeições por mais uma semana e a partir da terceira semana entrar com o náuplio de artêmia como petisco todos os dias.
Você pode tranferir estes jovens para um aquário com outros peixes, apenas quando o primeiro atingir pelo menos dois meses de idade.
Desejo sucesso na sua tentativa e que se divirta vendo estas maravilhas crescerem.